terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Agradecimento.
entende o porque de não ter dado certo com todas as outras...!
Obrigada, Pai.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
cidade (in)visível.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
inquietações de um dia vazio.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
verde musgo.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
amor moderno.
debruçada
e trançada
esperando ele passar
Passa João
Passa Margarida
e do amor não passa nada
nada do amor passar.
Fica ela bem quietinha
vem o sono
puxa uma cantiga
e na janela põe-se a cantar
Passa Carlos
Passa Juliana
e do amor não passa nada
nada do amor passar.
Troca de posição, vira a perna
gira o pescoço
cobre a canela
que o sol já vai se pôr
Passa amigo
Passa parentada
e do amor não passa nada
nadica dele na janela do computador.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Protocolo-Mor (Jogos Teatrais)
E a cabeça é aquele moinho
que vai triturando tudo
que cai dentro
e vão caindo, jogando,
conceitos, chaves, impulsos
emoções, dados,
cartas de tarô.
Vão caindo, não aplicando.
À idéia de aplicar
me vem a imagem daqueles
enfermeiros brucutus
com uma injeção gigante
e um pirulito depois
pra tentar te consolar.
Um mísero pirulito
que ainda faz mal à saúde.
É.
Não gosto de aplicações.
De volta ao moinho,
um rebuliço, tornado de idéias
e sensações, e memórias,
de ventos e porquinhos da índia,
dos amores perdidos
no espaço,
levados pelo vento.
E das sementes de amoras plantadas
em vasinho de barro,
regadas diariamente.
É.
Eu gosto do milagre das sementes.
O desafio da entrega
é pra mim o mesmo do amor.
Da renúncia do orgulho e vaidade,
do estado de risco,
em que você se dá inteiramente
pro outro.
Em que você não pensa no ridículo,
aliás, você não pensa. Embora saiba onde está.
Você ama.
Oferece.
Entrega.
A lição do palhaço,
que mesmo sem saber
estende as mãos e diz:
é isso o que eu tenho
pra oferecer ao mundo.
Mundo,
você pode me amar assim?
segunda-feira, 13 de junho de 2011
um recorte de Alma Funda.
sábado, 4 de junho de 2011
c'est la vie!
terça-feira, 31 de maio de 2011
sobre o que se pode fazer quando se tem a faca e o queijo na mão.
1. Cortar o queijo e comê-lo.
domingo, 29 de maio de 2011
pausa pra respirar e soprar velhinhas, ops, digo, velinhas...
sábado, 28 de maio de 2011
por favor, permaneçam calmos, estamos passando por pequenas turbulências.
"Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." I Co 10:12 e 13
quinta-feira, 12 de maio de 2011
sobre o todo.
terça-feira, 26 de abril de 2011
reencontro de dois-um.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
sobre o dom supremo.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
chuva fina.
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Sobre Alminhas.
domingo, 10 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
meu tempo de dar tempo ao tempo.
terça-feira, 29 de março de 2011
Auto de Varal
sábado, 26 de março de 2011
Protocolo de Jogos Teatrais
Diário de bordo de uma pseudo-atriz-jogadora em crise.
Dos diferentes significados da palavra jogar.
(sobre escada, vendas, fuxicos e nariz de palhaça. sobre Florela)
Jogo... Divertimento, exercício*. Mas exercício do que? Posso dizer que exercício é uma prática... Daí teríamos Práticas Teatrais...? Mas isso não resolveria a história do ‘aplicados’. Ah, deixa pra lá. Voltemos aos jogos. Jogo... Exercício ou passatempo entre duas ou mais pessoas das quais uma ganha, e a outra, ou as outras, perdem. Perder? Nananinanão. Nada disso. A gente não perde, a gente desaponta expectativas. Ignorem essa definição ai. Não... Mas posso concordar que o jogo acontece quando há mais de uma pessoa. Mas espera. Tinha aquele jogo da bola na parede que eu brincava sozinha em casa... E se eu for fazer um monólogo não tem jogo? O André lá com os objetos no protocolo dele, era jogo! Bom, então posso colocar ai o jogo com a platéia, com os objetos cênicos, com a iluminação e com a própria cena. Ou isso é relação e não jogo? Mas o jogo não se encontra na relação? Então no fim das contas vai dar no mesmo. Pausa. Respira, Letícia, pensa... 'Pode-se dizer que jogo é o que se faz, é o que acontece quando... Se joga'. (risos) Mas o que é jogar mesmo? Vamos lá. Jogar: Manejar com destreza. Essa eu vou cortar também. Afinal, se você não tem destreza não joga? Como assim? Porque o lugar do jogo é justamente o lugar de risco, onde não cabe a destreza posto que é imprevisível pra quem se encontra lá, você não sabe o que vai acontecer quando se coloca em jogo. Existem artifícios sim que você cria consciente e inconscientemente pra se sair bem no jogo, digamos que algumas cartas na manga. Mas nunca se sabe quando vai funcionar ou não... descartada! Jogar... Aventurar... Agora sim. Aventurar sim, me parece um correspondente à altura. O teatro em si é uma grande aventura. Jogar nada mais poderia ser então, do que se lançar dentro dela... Essa eu gostei, vai pro meu mural. Arremessar... Arremessar também não deixa de ser um pouco disso. Você lança, você dá, e nunca sabe o que vai voltar, como vai voltar e SE vai voltar.. O ioiô da Maria Bonita... O texto da Talita, você dá um estímulo e pá – pode sair qualquer coisa dali, você arremessa... Gostei também. Brincar... O ‘brincar’ me trás uma coisa da inocência, da criança mesmo, da espontaneidade, aquele momento quase mágico em que você esquece de tudo na sua vida e simplesmente... Brinca. Como os marinheiros da Europa-pá... E o ‘brincar’ pra mim ainda vai além, me trás aquele brilhinho no olho de quando a gente vê alguém realmente se divertindo no palco. Sem medo de ser feliz.... Coisa mais delícia! E por último e não menos importante... Dar-se ao jogo... E aqui trato de um ponto que pra mim é o mais difícil e mais fundamental no teatro e no jogo – a doação, a entrega, a oferenda. Aquilo de você não ter reservas, você se dá e pronto. Daí eu já lembro do clown do Narciso, você tem isso pra oferecer pro mundo então você oferece e ...
'Eu vim pra me dar pro jogo.
Sem reservas, sem medo
do ridículo.
De olhos vendados,
eu me dou pra vocês!'
*Todas as palavras destacadas em itálico são definições retiradas do dicionário online de língua portuguesa Priberam
quarta-feira, 23 de março de 2011
um pouco das lágrimas... de quem?
[Senhor, me dá paciência. Me dá muito amor e uma pontinha de paz. Agora senta cá ao meu lado. Senta?! Fica comigo?! Porque sozinha... Bem, sozinha eu não consigo.]
sábado, 12 de março de 2011
Descanso.
Na verdade. Agora. Recomeço.
Agora tudo queimado. Soprado. Levado. Um mar de esquecimento.
O que há de amor veio da tempestade. Como rio que transborda. A incrível sensação de medo, de tudo aquilo que te apavora e excita - ao mesmo tempo - por dentro (e por fora). Tal qual criança na expectativa do tão esperado presente.
Na verdade. Agora. Revivo.
Quando você tem tanto pra dizer que não sabe como terminar. E não termino.
"Tudo tem o seu tempo determinado,
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Bailarina II - Desmentindo Chico
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
tire o seu sorriso do caminho...
sábado, 29 de janeiro de 2011
e agora... ?
"E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?"
(José - Carlos Drummond de Andrade)