sábado, 12 de março de 2011

Descanso.


Quando você tem tanto pra dizer que mal sabe por onde começar. Mas começo.

Na verdade. Agora. Recomeço.

O que há de renovado veio do fogo. Como fênix das cinzas. A falsa sensação de liberdade de tudo aquilo que na verdade só te machuca por dentro (e por fora). Tal qual câncer mal curado.

Agora tudo queimado. Soprado. Levado. Um mar de esquecimento.

O que há de poesia veio do céu. Como águia do ninho. A maravilhosa sensação de maresia, de tudo aquilo que te acalma por dentro (e por fora). Tal qual colo de mãe.

Agora tudo nascido. Abraçado. Voado. Uma floresta de vastidão.

O que há de amor veio da tempestade. Como rio que transborda. A incrível sensação de medo, de tudo aquilo que te apavora e excita - ao mesmo tempo - por dentro (e por fora). Tal qual criança na expectativa do tão esperado presente.

Na verdade. Agora. Revivo.

Quando você tem tanto pra dizer que não sabe como terminar. E não termino.


"Tudo tem o seu tempo determinado,
e há tempo para todo o propósito debaixo do céu." Ec 3:1

Um comentário:

Maria Cláudia S. Lopes disse...

que lindo isso....fortes as imagens, sinceras...gosto da sua delicadeza e dos seus redemoinhos, quem olha sua cara de menina não imagina os poços que habitam aí dentro, e que se revelam na sua escrita.