quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

(in)Explicando o sumiço... e o Acaso.



Dos Acasos Acasionados pelo tempo-Rei.

É incrível.
Simplesmente... a vida.
As voltas e rasteiras que ela
insiste em me dar.
A cada tosco dia.
Comum, falho.
O Acaso mais uma vez me
abre os olhos, e me
(cospe) joga na cara.
Abarrotada,
de sentimentos confusos.
Que Ele está no controle de tudo.
Não eu.
Com a minha pequenez.
Ele dita,
quando caem as folhas, e levantam os pássaros.
As estrelas cadentes, pérolas de ouro.
E eu só fico minúscula, pedra
branca, concha vazia, a
procurá-las na noite sem céu...
O Acaso me esfrega na 'fuça'
que o Seu tempo
não é o meu.
E que chorando, não vou conseguir nada
na MINHA hora.
Eu sou nada, sou vagão, sou pó.
Flor dente-de-leão,
levada pelo vento-Acaso.
Acaso-trovão.
O Acaso ri, gargalha, tira sarro da minhas
mimadices. E mesquinharias.
A isso, tudo isso, que chamam Acaso,
eu nomeio
Rei-Tempo, Acaso-Deus.
E nesse caso, TUDO, e não 'nada' é por Acaso...
como dizem infames por aí.
Porque só Ele sabe as curvas que o trem vai dar.
Sem saída, me abandono agora, ao
vento-trovão-Acaso.
Ruflo as asas ('de par em par')...
... e que os anjos-Acasos me levem, ao infinito.
Cadente.


(Amém)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Sobre as Noites dos Mascarados


Porque agora, tudo, absolutamente
tudo está dentro da lei.
Não há faroestes. Regras. Ou pecados.
Só um caos.
'Levemente organizado' e temporariamente permitido.
Uma tomatina libidinosa, quem sabe.
Sempre fugi de tudo isso.
Medo de me contaminar, talvez, com essa liberdade
quase (senão) insana, desprovida de paixão
(ou sofrendo de excesso da mesma).
Penso em algumas décadas atrás,
Os Pierrots, as Colombinas e os... Arl.. deixa!
(por agora estou farta de Arlequins)
Talvez fosse melhor.
É que hoje,
vejo a Magia vulgarizada.
O brilho apagado, e o mistério desnudo.
Talvez me linchem por pensar assim, mas é o que sinto..
sinto falta de amor por detrás dos gestos,
afeto.
Quero dizer
que não sirvo para as butecadas, não sirvo para o instante.
Nem pra essas paixões loucas e 'abertas'.
(não sirvo pra ser amante)
E talvez, também não sirva para os carnavais.
Só sinto uma leve/estranha saudade, dos tempos
antigos... do baile de Romeu e Julieta.
Da ânsia de descobrir o que há por trás das máscaras,
das roupas, das fuligens, dos confetes...
de amar
pela frestinha de olho que se vê.
E aí sim, me apaixonaria perdidamente por esses dias...
loucamente!
Trago à tona meu romantismo bobo, rebuscado... disfarçado
de baixa auto-confiança, firmeza travada.
Me entrego. Me revelo. Sempre mais.
Deixo transparecer a menina dos meus olhos.
É que no fundo. No fundinho. Eu amo. Eu choro. E eu me apaixono, sim.
Eu sofro pelos carnavais.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

da vontade de fugir com o circo.



É inveja da Mariazinha, é vontade de andarilhar, é saudade do desconhecido, é sentir o outro vibrar, é querer trazer sorrisos, é cada dia se apaixonar, é vida de Dom sem Xote, é o impulso de dançar, é voar por entre as cordas, é num dedo se equilibrar, é vida de gente sem vida, que vive pra se doar, é fazer as malas e ir embora, é dizer adeus e depois voltar, é o pulso que vem do fundo, é o brilho que o olho dá, é um amor em cada porto, uma criança em cada lugar.

É o que dá corda ao meu porta-jóia de bailarina. Eu preciso de cor.