domingo, 8 de agosto de 2010

Borra e Onde as luzes tocam o chão.

Os desenhos fitados de azul e vermelho agora giram. Rodopiam freneticamente. À velocidade da luz. As cores se misturam virando borrões. As linhas se misturam virando nós. Os limites se misturam virando nada. Confusão. Embaraço. Mancha - como aquela da blusa branca preferida que nunca mais quis sair (pouco me importa). Poesia concreta em pintura realista. Vira voz. Vira som. Mas não harmonia. Abstracionismo geométrico sem retas, sem abstração e sem geometria. Lágrimas roxas, fruto da combinação. Dos desenhos fitados em sombra e pó de arroz fino - máscaras. Dos segredos susurrados. Divididos. Cumpliciados. Conquistados. Agora vá à janela. Sinta a brisa. Respire fundo. Feche os olhos. E só imagine as imagens. Só desenhe no ar. Os meus borrões azul e vermelho. De volta ao começo.

domingo, 1 de agosto de 2010

Poema pra quando ela voltar.

Criança moleca bate asas.
Voa longe.
Brinca de ser gente grande.
Brinca longe.
Constrói castelos de areia nevada.
Constrói longe.
Troca a casinha por nova morada.
Troca longe.
Pinta pastel a própria história.
Pinta longe.
Cria saudade do sorriso levado.
Cria perto.

Vai, pequena, ser grande na vida.