chegou correndo, suada, cabelos emaranhados do bater ao vento. respirava ofegante, como se quisesse falar e sugar, ao mesmo tempo, todo o ar do mundo e toda a essência dele. a porta se abriu. estava ali parado, intocável, com uma leve ruga - quase imperceptível - entre os olhos fundos. cara-a-cara com ela. ficou muda. perdeu a voz. e o tempo. as mãos frias e vazias. nada trazia. nada dizia. ele sorriu. e partiu. - você nunca sabe o que quer...