sexta-feira, 30 de abril de 2010

falsa ode* à Ele (Poeta);

Pelo 'bem' que me cerca de amor. Pelo 'amor' que me cerca de bens. Pela rocha que sustenta o fio. Pelo fio que segura a rocha. Pela base. Pelo ar. Pela água que mantém viva a semente - plantada em vaso novo, regada à leite e mel. Pela semente que dá sentido a água - descida em terra fina, destilada, expulsa do leito-céu. Pelo tudo. Pelo nada. Pelo dia. Pela madrugada. Pelo pássaro verde. Pela borboleta azul. Por tudo que transborda, que infla, que renova, que mobiliza e que mantém. Pelo frio que me aquece. Pelo calor que me dá calafrios. Pela prece. Pelos filhos - que um dia dia eu terei... Pelo amor, por amar, com amor, obrigada.


*Pouco me dou às regras, por não se tratar de métrica,
mas de fluído, pulso, essência e louvor. (Desculpem-me a ousadia.)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pra aliviar a tensão. E o coração. III - Cavaleiro-Mor


Na janela, um pássaro verde
o mesmo de outrora,
agora pousado
em meio as árvores e flores do mês de
abril.
Mergulho oceano adentro meio a
águas flutuantes,
algas roxas.
montada na garupa de um
cavalo-marinho negro,
de crina flamejante.
junto ao Cavaleiro-mor.
O digníssimo e honrado Cavaleiro
Pássaro Voante de Chumbo
condecorado pela ordem da Águia
Rubra..
Inglesa ou polonesa, sabe-se lá..
E quem se importa? Ubu talvez. (risos)
Porque eu,
querido Poeta,
me interesso pela
resposta sincera e disposição dos seres,
quero o doce vinho/leite - gratuito, dado.
Amor inocente.
Tarde de outono.
O encanto das Suas linhas
(e dos encontros)
Vida-roda a vir e rodar.

"Estranho o destino desse jovem mulher, privada dela mesma, porém, tão sensível ao charme das coisas simples da vida..." (Filme: Amélie Poulain)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pra aliviar a tensão. E o coração. II - Flores Abrilianas

Flores, nuvens e perfumes
incendeiam o mês
de abril.
Cores, imagens e morangos
acompanham os
dias.
outrora apagados,
outrora desnudos,
outrora esfomeados,
outrora insaciadas
as sedes.
Outroras... amoras... auroras...
Da brisa, do ar, do calor, da
água morna.
Agora a sexta. (sem feira ou
outra complementação)
Agora a temporada
descoberta de peixes voadores e
pássaros errantes desbravando o oceano
(adentro).
As pétalas escancaradas
pra receber a luz do sol. Mas
principalmente agora,
a luz da lua.

"Quando o dedo aponta para o céu, o idiota olha para o dedo" (Filme: Amélie Poulain)

domingo, 11 de abril de 2010

Pra aliviar a tensão. E o coração. I - Pássaro de papelão

Na janela, um pássaro verde;
vejo nítido
Tão real quanto a flor branca, e a joaninha
outrora pousada na minha mão;
arredio chega, curioso olha,
me engole com o vago olhar (e não-olhar)...
de quem quer sugar a alma
em cores verdes/vermelhas.
Todas fortes. Vivas.
Folhas e morangos (que vontade!).
Então (en)canta-me.. em tons maiores,
menores que sol.
abre as asas com um quê de provocação,
desafio, teste... como se esperasse
ver se eu ousaria dizer não.
Eu disse, fechei a janela;
mas continuou firme. Provocador.
Nítido. O pássaro verde.
Agora na árvore com o mesmo duro olhar;
Abro então, a porta. Digo sim.
E mergulho em suas penas.
Mergulharei.


"Então, pequena Amèlie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço quanto o meu esqueleto. Então, vai apanhá-lo!" (Filme: Amèlie Poulain)

sábado, 10 de abril de 2010

Porquelismos.

[...]

Escrevo porque é terapêutico,
e me recuso a procurar a psiquiatria.
A loucura é normal...
A normalidade sim, me aparece insana!

[...]

terça-feira, 6 de abril de 2010

sobre Peixes Voadores, comemorações e idéias Mal-ditas


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Sobre peixes voadores...
Tudo certo, na hora certa, no segundo certo. Meu 'anjo-da-guarda' sempre foi forte, e acho que já teve mais trabalho do que muitos outros anjos por aí... Incrível como depois de tanto tempo, resolvi sentir falta do sal, do sustento. Da proteção, do companheirismo. Do mar dos olhos... mas como disse, houve resposta. Rugiram as ondas. O vento declamou um poema do meu velho caderno de prosa. Os trovões me fizeram serenata ao luar, enquanto os peixes voavam pela janela afora. E a concha branca? Bem, essa me susurrou baixinho, dos segredos mais profundos do oceano, disse que ainda há amor. Há verdade. No fundo do mar, onde mergulham as borboletas-marinhas. Por enquanto, basta...!

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Sobre comemorações...

Só pra constar, ontem completei 1 ano de blog.. =)

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Sobre idéias Mal-ditas...
Toda terça-feira no blog do Maldito tinha uma série chamada "Meninas do Mal", que mostrava o lado sombrio das princesas da Disney, com o término da série, ele abriu pras meninas que quisessem mandar fotos do seu lado sombrio, e hoje minha carinha 'maligna' está por lá, quem quiser conferir meu lado 'dark' (zueira total), passem lá: "DITOS PELO MALDITO"

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Versos não ditos (ou ditos na hora errada) II

Flor por encomenda

Letra contada, verso contido,
poema restrito, rima desfeita.
Então me atiro, retiro
a letra, o acento, a rima,
ponto e exclamação!
Fica a essência, palavra feita,
q'arde viva, me rouba canção!
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