quarta-feira, 21 de julho de 2010

Livre-se asas.

Aconteceu que, seja como for (pois independe da lenda), Dédalo, junto ao seu filho Ícaro, foi preso no labirinto do Minotauro (que já estava morto à essa altura da história), que ele próprio construiu. Então, juntou asas de gaivota e cera do mel de abelhas, e delas fez dois pares de asas pra que ele e seu filho pudessem se salvar. Dédalo lembrou de alertar o menino a não subir tão alto que aproxime-se demais do sol, nem tão baixo que sinta a brisa do mar. Mas, extasiado com a liberdade das penas, Ícaro se esquece dos conselhos do pai e rasga as nuvens rumo ao astro luminoso... Voa tão alto quanto consegue voar! Com a alta temperatura a cera das penas do jovem-alado foi se derretendo, as asas se desmanchando e sua história terminando no fundo da beira do mar. Enquanto Dédalo, entre lágrimas, chegava seguro à costa lamentando a (in)fortuna da sorte de poder voar.


Pintura: "A queda de Ícaro" - óleo s/tela - de JFMachado

Um comentário:

Ítala disse...

eu conheço esse conto!
adoro, e é por isso que mesmo voando alto, tento ficar afastada do sol..