quinta-feira, 24 de junho de 2010

diálogo de reis II

- Sonhou?
- Sim e você?
- Sonhei...
- E...?
- (silêncio)
- Como foi?
- Na verdade não sei, não lembro.
- Ah... então era mentira?
- Claro que não.
- Melhor.
- (silêncio)
- O que temos pra hoje?
- Só o estresse cotidiano, nada mais.
- Ah.
- Pois é.
- E se a gente trocasse ele por batata frita?
- Com catchup?
- Se você preferir.
- É. Parece bom.
- Agora que tal um vôo?
- Agora?
- É.
- E depois?
- Depois também.
- E depois?
- Também.
- E quando acaba?
- Não acaba. Aí onde quero chegar.
- Acho que já vi isso antes.
- Posso ficar aqui um pouco? Abraçada em você?
- Tudo bem, eu espero.
- E se eu não soltar mais?
- (silêncio)
- Faz o seguinte, a gente avoa assim.
- Avoemos, então.









"Se tu vens, por exemplo, às 4 da tarde,
desde às 3 eu começarei a ser feliz."

4 comentários:

Tânia T. disse...

Ah... Seria tão melhor se a vida fosse assim.. mas infelizmente muitas pessoas já deixaram de sonhar..


*-*
Lindo post. Amei!!

bjos'

Anônimo disse...

adorei esses textos maninha, gosto de vir aqui no seu blog quando tô atoa hehehehe beijin!

Ítala disse...

Onw! *-* que lindo!

Guilherme Canedo disse...

Hey Mari,

Me diverti bastante com seu texto, é de uma simplicidade, de uma sutileza que quase me senti "avoando" feito pipa... Sumiços são bons para lembrarmos que existe a palavra retorno e retornar aqui é bom demais!

beijos meu bem.

Gui